A Balada que eu mesmo fiz

Ilustração: Rogerio Rios

Eu vou é me iludir e ser feliz
Nessa balada que eu mesmo fiz
Dedico à você essa cantoria de rock
Na última fila ou na primeira
Não me importa se a casa não tá cheia

Então você escuta esse som que te move
Desliga o telão e vem ver como é
Mas cadê a grana pra pagar o couvert?
A gente pode importar a ilusão no cartão
Com um sorriso na cara e uma cerveja na mão

Nessa balada que eu mesmo fiz

Estou cansado, mas eu vou te ver
Eu só preciso de três notas
O tema e o refrão, pra se criar o juízo
E eu bato na porta e insisto
Que basta ter fé no imprevisto

Não se pode escrever nas estrelas
E nem no escuro pichar o muro
Das lamentações, afastado
De sombras e de dúvidas, inundado
Da única certeza, o arrepio da canção

Nessa balada que eu mesmo fiz

Enquanto a fé que construo justamente
Por não saber de mais nada
Me perdoa de todo erro, quase a saída
Desafiando essa vida, uma luta vencida
E ainda assim, vou é ser feliz e me iludir

Nessa balada que eu mesmo fiz

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