O Rock baiano está a rigor com seu traje!
Eis que ainda criancinha eu já era um rebelde que havia me apaixonado por um movimento cultural e incisivo para mudança de comportamento planetário, que batizaram de Rock'n’Roll.
E era como um rolo compressor em forma de rocha machucando o sistema, dando na cara da sociedade arcaica, mudando de forma avassaladora ou lançando jatos de éter nas paredes internas e externas dos padrões convencionais.
Independente das polêmicas que giram em torno de teorias e ou concepções sobre a paternidade ou maternidade do rock, não há como eternizar murmúrios e ladainhas sobre sua morte. Como supor que morreu ou morrerá um dia esse ritmo de militância ativista que não para de se reinventar em vertentes, gêneros, subgêneros, línguas, gestos, cusparadas, socos, pontapés, armas filosóficas que impulsionam e dão voz a novos e antigos guerreiros.
Foi assim que vi nascer o Clube dos Bons Sons, como uma membrana atômica desesteriotipando a concepção de conformismo, no braço, no brado, no laço, na garra, invadindo praças, ruas, estúdios e depois de promover tanta aglomeração, eis que de repente: PRÊMIO!!!
Eu costumo tratar o Clube como Clã.
O Clã dos Bons Sons não está estigmatizado em sincronismo da idiocracia dos bons moços e moças.
Se estivesse, de forma poderia ganhar a responsabilidade de fazer ecoar as vozes rebeldes de Ramones, Sex Pistols, The Clash, Bad Religion, Dead Kennedys, entre outras vorazes do Punk?
O Clã dos Bons Sons é uma espécie de seita fora da nova ordem mundial celebrando de forma contínua a inocência irreverente de Rosetta, Elvis e Chuck Berry, os clássicos imortais dos Rolling Stones, Beatles e Led Zeppelin, o Metal de Ozzy, Dio, o Hard Rock de ACDC, Aerosmith, Guns ou o Grunge de Kurt Cobain, Eddie Vedder, Scott Weiland e Layne Staley?
Misture tudo isso ao Psicodelismo de Pink Floyd, sem ignorar o pioneirismo de 13th Floor Elevatória, dos próprios The Beatles, e The Byrds, Love, The Yardbirds... E teremos a ousadia e ação do Clube dos Bons Sons, o nosso Clã, despertando e promovendo muitos de nós com Jams Sessions, DISCOmentando, Rock na rua entre outros e estabelecendo um paralelo entre o "Faça você mesmo" e protagonismo.
Aqueles jovens senhores que há cinco anos resolveram brincar de promover bandas, paradoxalmente não estavam brincando (risos...!!!)
O protagonismo do Rock Baiano é sede, fome e tara desses gestores amavelmente marrentos, ambiciosos, decididos.
Chegamos ao Prêmio Rock Clube dos Bons Sons, o Grammy do Rock Baiano.
Tem que ser baiano ou residente da Bahia para protagonizar. Barrismo? Não, claro que não, é coisa de baiano e sua mania de pioneirismo. Coisa da gente, coisa desses amantes do Rock Clássico, Hard Rock, Heavy Metal, Indie Rock, Glam Rock, Punk Rock, Grunge, Rock Progressivo e Country Rock.
Somos todos um Milk Shake de Thrash, Black, Shock Rock, Metal Core, HadCore... Crossover mesmo, ao pé da letra!
Somos de uma linhagem única, somos o real motivo do orgulho desses nobres guerreiros, que apesar do respeito pela alma identitária do Underground, tem outros planos, projetos, palcos e patamar pra todos nós!!!
Parabéns, Clube dos Bons Sons. Parabéns, meninos sonhadores obcecados pela materialização desses sonhos.
Nem o futuro esperava por essa realidade!
Essa criança adulta, essa criança madura de apenas 05 temporadas de vida, surpreende a alguns com sua mania de humildade, seu vício de engrandecer e reconhecer, premiar e dar visibilidade ao Rock baiano!
Chegamos definitivamente a outro patamar.
O Prêmio Rock Clube dos Bons Sons não é um prêmio para bandas e artistas, é um tributo aos guerreiros da resistência de nossa Terra, é um prêmio para a Bahia, rockeira por natureza!